Quem somos nós

Ela ama ela e escreve sobre ela e sobre o que vier na mente. Ela é a razão, a razão de viver. Ela é a emoção, a emoção que pulsa nas veias. Ela não vive sem ela, que sempre pensa nela. Ela completa ela e acaba que ela e ela desfrutam do mesmo amor.

Este é um espaço para escrevermos textos, contos, poemas, crônicas e posts pessoais, sobre os mais variados temas, sendo homossexualidade o maior deles, direta ou indiretamente. * Nem todos os textos escritos em 1ª pessoa são verídicos ou autobiográficos.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Resposta


Paula,
fazem 4 dias que voce me mandou a carta, e faltariam 3 dias pro meu casamento, se eu não tivesse terminado. É, Paula, terminei. Você esperava isso, de verdade? Nem eu. Mas não teve como ser diferente. Como eu poderia casar sem minha madrinha e o apoio dela? Mas pior... Como eu poderia casar com ele sabendo das coisas que você falou? Sinceramente, você não deveria ter feito o que fez. Você errou. Sabe como sou sentimental e que essas coisas que você falou me derretem. Se você sentia o que sentiu, deveria ter falado logo no início. Não dá pra ficar guardando assim do jeito que você guardou. Faz mal pra nós duas. Estou chateada e confusa. Não sei porque estou confusa, pois não deveria ter ficado. Mas muitas coisas mudaram pra mim nesses 4 dias. Todos me ligaram constantemente, inclusive você, e eu me fechei em casa. Minha secretária eletrônica está cheia de mensagens da minha organizadora do casamento. Me reclusei do mundo, pensando em você. Pensando nos anos da nossa amizade, e em tudo que você faz por mim. Claro que eu estou surpresa, maravilhada, e coisa e tal. Mas o que você disse naquela carta despertou sentimentos em mim que percebi que não eram passageiros. Estive sempre procurando a felicidade ao lado de homens e mais homens, mas talvez eu não tivesse percebido que minha felicidade poderia estar ali, ao meu lado, fingindo ser só minha amiga, sofrendo em silêncio. Eu sei que meu noivo não era o cara certo pra mim, porém eu não conseguia enxergar. Você me ajudou a abrir meus olhos. E nossa... como você me conhece. Estive relembrando de tudo, e de fato, você sabe tudo sobre mim. Dá até um pouco de medo. Porém, um pouco de alívio também. Enfim, nem sei mais o que estou falando. Só sei que... acho que é recíproco o que você sente. Talvez não ainda na mesma intensidade. Devo estar muito louca por fazer o que estou fazendo. Gastei uma fortuna no casamento. Decepcionarei minha família, meu noivo e a família dele. Acabarei com minha reputação. E quando eles perguntaram o porquê de eu cancelar o casamento, eu apenas chorei e desliguei o telefone. Olha que maduro: Terminei por telefone. Mas já não penso mais em racional. Estou sendo completamente o oposto disso. E sabe do que mais? Estou feliz assim. Eu estava perdida e finalmente encontrei minha bússola. Quero você. Paula, devolvi o noivo, mas não devolvi o vestido. Será que poderemos usar ele?
Com amor,
Annie

Eu e ela ás 21:42,