Quem somos nós

Ela ama ela e escreve sobre ela e sobre o que vier na mente. Ela é a razão, a razão de viver. Ela é a emoção, a emoção que pulsa nas veias. Ela não vive sem ela, que sempre pensa nela. Ela completa ela e acaba que ela e ela desfrutam do mesmo amor.

Este é um espaço para escrevermos textos, contos, poemas, crônicas e posts pessoais, sobre os mais variados temas, sendo homossexualidade o maior deles, direta ou indiretamente. * Nem todos os textos escritos em 1ª pessoa são verídicos ou autobiográficos.

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sábado, 11 de outubro de 2008

(Não à) Solidão


Não concordo com a solidão. Não acredito que seja um meio de fuga. Pra mim, querer ser sozinho, é querer ser o contrário do que deveria ser. Ninguém nasceu pra ser sozinho. Se fosse assim, ninguém se conheceria. Por que será que as pessoas se relacionam com outras? Porque é pra ser assim. Todos têm sentimentos, desejos, vontades, anseios, preocupações. Não tem como satisfazer todas essas coisas sem um auxílio, uma companhia, uma pessoa amiga, alguém que você possa conversar, desabafar, rir, chorar, amar, odiar. E quando falo de companhia, não falo de companhia com Deus. Eu acredito em Deus, quem me conhece sabe. Sou kardecista, e bem religiosa. Mas quem disser que vive melhor com Deus do que junto de outras pessoas, está enganado. Isso é ou ilusão, ou vontade de enganar a si mesmo e a outros. Pra mim solidão está diretamente relacionado com tristeza, depressão, choro, angústia. Talvez para alguns, seja sinônimo de coisas boas. Mas eu não concordo. Acho que tudo bem, talvez um tempo para reflexão, alguns minutos, alguns dias, talvez. Mas se passar muito tempo, já começo a ficar agoniada. Já começo a necessitar do calor humano, da força dada pelas pessoas que se importam, pelos braços abertos para quando precisar.

Outra coisa que dizem muito é 'minha melhor companhia sou eu mesmo'. Não, não é. E sabe por que não é? Por várias particularidades. Porém, como cada um é cada um, só falarei o geral. O fato é que você vai conversar com quem? Consigo mesmo? Com quem vai viver experiências? Com quem você vai fazer coisas que necessitam duas ou mais pessoas? Com quem você vai ser feliz? Consigo mesmo? Isso é mentira. Se uma pessoa só convivesse consigo mesmo durante toda a vida, ela só iria conhecer seus próprios defeitos, qualidades, pensamentos e idéias. Não ia conhecer novos meios de encarar a vida, novas possibilidades, novos pensamentos, novas idéias. As pessoas dispõem disso. E é por isso que sempre há pessoas aparecendo na vida de cada um. Todos são diferentes de todos, o que é maravilhoso. Não é bom conhecer gente diferente de você? Eu acho magnífico.

Aí vem um dos maiores assuntos: amor. O amor nos eleva a um nível que nem imaginaríamos que existia. O amor nos fazer voar, sorrir, valorizar coisas pequenas, mudar nosso jeito. E isso por causa de quem? De outra pessoa. Como seria capaz de isso acontecer, sem ter outra pessoa envolvida? Esse sentimento maravilhoso não pode ser desperdiçado. O amor-próprio (que, claro, não vou negar, é o mais importante) não tem essa capacidade tão grande de fazer o que o amor de outra pessoa,e sentido pela outra pessoa, faz. Todos que já amaram, sabem do que eu falo. O amor é algo belo e indefinível. Todos que não amaram, pode saber que vão amar. Um dia, o amor nos encontra. Não tem como fugir ou se enganar. E desculpe, mas amar a natureza, amar as pedras, amar um objeto, não é a mesma coisa que amar alguém.

Uma das desculpas para procurarem a solidão, é a decepção. Pelo fato de ter se decepcionado ou magoado com alguém, faz com que essa pessoa ache que o mundo inteiro a decepcionará por igual, ou pior ainda. Acha que o mundo conspira contra ela, passa a duvidar da existência de Deus, e passa a duvidar de todos, até da mãe. Se enfurna dentro de casa e fica dias comendo porcaria e assistindo filmes clichês heterossexuais românticos. Aí, quando finalmente resolve sair de casa, anda no meio da rua, cai uma lata de tinta na sua cabeça, pisa em uma casa de banana, escorrega, cai em cima de um skate, o skate te leva pro meio da rua, onde você cai e quase é atropelada. Aí você pensa 'meu Deus, por que eu?', e desiste da vida. É aí em que a pessoa pensa que nunca mais encontrará ninguém que a faça feliz, e pensa na solidão. Isso é errado. Pense bem. São em média, 6 bilhões de pessoas no mundo. UMA te decepcionou. Olha o leque de pessoas totalmente diferentes que se encontra no mundo. Esse ou essa babaca que te decepcionou, com certeza não serve como padrão de pessoa que você deve conviver. Fora que, a vida é feita de decepções. Nem tudo é perfeito. Cada errinho, cada passo em falso, cada pessoa errada, serve para alguma coisa na sua vida. E não se pode desistir assim também. É erguer a cabeça, e não deixar a solidão ser nem uma opção.

Eu e ela ás 17:07,