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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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Vida de droga 
Tentar fugir da realidade. Uma nova forma de resolução de problemas. Querer chamar a atenção. Seguir a tendência desesperada da adolescência perdida. Uma vontade oculta de estar no fundo do poço. Covardia. Desespero. Medo. Bebe. Fuma. Cheira. Injeta. Sensação extrema de felicidade. Risadas. Alegria. Alucinações. Concentração nas ilusões da mente. Gargalhadas. Ótimas sensações? Claro, mas apenas enquanto se está sobre o efeito da droga. Depois disso? Depressão. Angústia. Reclusão. Agressividade. Impaciência com familiares, amigos e até consigo mesmo. Rouba dinheiro e objetos de valor. Perde amigos, carinho, família e dignidade. Perde a vida. Cai em um abismo sem fundo. Alguns até tentam impedir essa queda, mas uma força maior não deixa que isso aconteça. É essa força que faz com que essas pessoas não parem de comprar mais e mais drogas. No início de tudo isso, pode até se dizer que era só por diversão, ou curiosidade. Mas não dá. Não é assim que funciona. A essa hora, já se tornou vício. A pessoa gruda nas drogas e torna-se dependente delas. Torna-se a relação principal da vida da pessoa. É como um namoro. Se dedica, faz de tudo para que continue. Enquanto se está com ela, é tudo lindo. Euforia total. Porém, quando acaba, entram os sentimentos ruins. E a essa altura, o efeito da droga já não é mais apenas psicológico, mas também físico. Olhos vermelhos, magreza extrema, olheiras, falta de apetite, cansaço, falta de disposição, perturbação. É um mundo de desprezo pela vida. Um mundo de sofrimento e dor. Tudo o que parecia ser bom, é na verdade pura ilusão. Sem dúvidas, é uma vida sem vida.
Bem-vindos ao mundo das drogas.
Eu e ela ás
20:29,