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terça-feira, 19 de agosto de 2008
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Dia-a-dia 
Pressa. correria. Acorda, levanta em um pulo. Acorda o filho. Toma café ao mesmo tempo que põe as calças. O filho ainda não acordou. Sacode o filho para que ele se arrume rápido. Sai correndo pelo apartamento pra pegar carteira, laptop, documentos impressos, celular e um iPod pra descontrair. No caso da mulher, corre muito mais para poder alisar o cabelo, passar base, pó, rímel, lápis de olho e batom. Joga tudo na bolsa pra retocar depois de algum tempo. O filho chora porque seu pai ou mãe estava estressado e com pressa. Sai correndo até a porta. Desce para a portaria e viu que esqueceu a chave do carro. Sobe rapidamente. Desce de novo. Pega o carro e acelera para deixar o filho no colégio, pagar contas, comprar algo que precisa e resolver conflitos. Olha para o relógio. Xinga. Tem que almoçar para ir para o trabalho. Congestionamento. Um carro derrubou um poste e interditou a rua. Nervosismo. Qual a probabilidade de isso acontecer em uma hora tão apertada assim? Tem que desviar e ir por um caminho mais longo. Carros andam devagar, como se nada tivesse acontecendo, e eles tivessem todo o tempo do mundo. Buzinas. Gritaria. Faltam 15 minutos para entrar no trabalho. Estaciona o carro. Fila pra almoçar. Bate o pé sem parar. Na realidade, serão apenas 5 minutos pra almoçar. Come quase que na velocidade da luz. Pega o carro e acelera muito. Leva multa. Passou acima do limite de velocidade permitido. Chega no trabalho. O chefe reclama dos 6 minutos e meio que se chegou atrasado. Trabalho caótico e cansativo. Estagiários brincando de aviãozinho de papel enquanto você se mata de trabalhar. 7 horas naquele ambiente. Quando se prepara pra ir embora, o chefe vem reclamar que você anda chegando atrasado todos os dias. Você dá um orriso leve e falso e diz que vai tentar fazer com que não aconteça. O chefe finge que acredita e devolve o sorriso falso. Sai do trabalho e pega 50 minutos de congestionamento. Chega em casa e acabou a luz. Você mora no 9º andar. Tem que subir de escadas. Abre a porta quase sem ar, e o filho está chorando no colo da babá com medo do escuro. A luz demora meia hora pra voltar, e enquanto isso você está andando de um lado pro outro com seu filho no colo pra ver se ele acalma. Toma banho. É o momento em que dá pra relaxar um pouco, não ouvindo nada além do barulho do chuveiro. Sai do banho e tenta dormir. Não consegue. Dorme apenas às 3 horas da madrugada, já sabendo que tem que acordar às 7 horas. Já se prepara pra mais um dia caótico.
Eu e ela ás
15:26,